SABER DIZER E SABER OUVIR "ÑÃO".

"Somos a última geração que obedeceu aos pais

e a primeira que obedece aos filhos".

Todos nós acompanhamos consternados o seqüestro de ELOÁ E NAYARA em Santo André. Infelizmente sabemos que o desfecho não foi o esperado. Me surpreendeu completamente, mudou toda a minha concepção sobre o que eu pensava do ser humano.
Nunca eu poderia imaginar que fosse acontecer o que aconteceu.

O que ocorre hoje é o que ocorre com muitos jovens casais; as meninas começam a se relacionar cada vez mais jovens e com rapazes cada vez mais velhos; os mesmos já tiveram várias experiências, mas elas estão começando agora, é claro. Vão ter outras experiências e vão querer terminar um relacionamento. Aí é que reside o problema. Se a pessoa em questão não está acostumada a ouvir NÃO, não pensa outra vez: “NÃO QUER FICAR COMIGO, NÃO FICA COM NINGUÉM”.
O que está acontecendo com esses jovens?

Outro dia lia uma crônica muito interessante, intitulada “SOMOS A ÚLTIMA GERAÇÃO QUE OBEDECEU AOS PAIS E A PRIMEIRA QUE OBEDECE AOS FILHOS”.
Que mãe que sai para trabalhar fora e quando chega em casa, aterrorizada pela culpa de ter deixado seus filhos sozinhos, não acaba cedendo e fazendo tudo o que eles querem? Se não todas, muitas. Pela pesquisa do IBGE, cada vez mais mulheres são chefes de família, cuidam sozinhas de seus filhos.

Onde está a figura paterna tão necessária nesta hora de formação de caráter?

Estamos deixando que a família se destrua. Governos ditos socialistas têm por característica destruir a família, incentivar cada vezes mais “modelos” estranhos desta família, incentivar os jovens em vez de estudar, desenvolver uma profissão, a se encostar nos pais. Pois, se não trabalham, onde é que conseguem dinheiro para sair, comprar uma roupa, se divertir?
Incentivam também os jovens a se envolver com sexo cada vez mais cedo, pois até camisinhas estão à disposição nas escolas. Depois, se acontecer alguma coisa errada, “ah, não se preocupa, daqui a pouquinho a gente consegue um jeitinho de aprovar a lei do aborto e aí você pode começar tudo de novo”.
E, claro, desmoralizam a Igreja, pois esta ainda tenta colocar um pouco de juízo na cabeça de alguns.
Precisamos de governo que antes de se preocupar com obras, se preocupe com a pessoa, com o ser humano, que valorize a família, que valorize as mulheres, pois elas podem sim ser parceiras do governo na luta pela educação e contra as drogas. E, famílias, precisamos dizer NÃO aos nossos filhos, eles tem que entender que a vida na maioria das vezes é feita de NÃOS, é preciso se acostumar com eles para não sair por aí matando as pessoas. SABER DIZER NÃO TAMBÉM É UMA PROVA DE AMOR.
Texto de : Mônica Romano (Publicada no Jornal Super Notícias em 21.10.08).