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sábado, 2 de maio de 2015

Você sabia?


MANUAL DA PIMENTA

O manual da pimenta – os tipos e seus benefícios
Por Lara Berruezo
Pimenta é o tipo de alimento que divide bastante as opiniões e gera polêmica nas cozinhas! Tem gente que ama e gente que odeia. O que muitos não sabem é que essa poderosa frutinha (sim, é uma fruta!) traz diversos benefícios à saúde, tais como melhorar o humor, ajudar a emagrecer, aumentar a circulação sanguínea e agir como anti-inflamatório.

Para começar, vamos falar da sua famosa ardência. Como tudo na vida é uma questão de costume, com o tempo vamos nos habituando e a sensibilidade vai diminuindo. Comece pelas mais fracas, em pouca quantidade. Quando sentir a ardência, evite beber água. Ao contrário do que muitos pensam, a água pode piorar a sensação, pois faz a ardência se espalhar pela boca. Ingredientes como leite ou sorvete conseguem retirar acapsaicina (componente ativo que provoca a ardência das pimentas) dos receptores nervosos da boca. Por isso, alguns pratos picantes da culinária indiana levam iogurte no molho ou na composição. Acho que eles, assim como os índios brasileiros e em toda a América Latina, já sabiam da lista de benefícios que a pimenta proporciona e consumiam essa maravilha muito antes da chegada dos europeus.


Lembre-se! É sempre melhor utilizar as pimentas naturais e evitar os molhos industrializados.

Alguns tipos mais famosos:

Biquinho: tem a forma de pingo e é a mais suave de todas. Muito usada em entradas, saladas e conservas.

Malagueta: uma das mais picantes. É rica em licopeno, fitoquímico que dá a cor vermelha aos vegetais e é um aliado contra o câncer de próstata.

Dedo-de-moça: picante, porém menos ardida do que a malagueta. Combina com molhos, peixes e caldas de sobremesas, especialmente as mais gordurosas.

Habanero: uma das mais poderosas entre as pimentas naturais e a que mais queima calorias. Original do Caribe e do norte do México. (Obs.: pimentas “não-naturais” são as obtidas por cruzamento entre espécies ou as que não têm descendência permanente, isto é, as oriundas de suas sementes não são exatamente iguais às originais.)

Caiena: é uma variedade da malagueta. Concentra grande quantidade de vitaminas e, geralmente, é usada em pó, combinando com receitas que peçam um sabor mais picante.

Murupi: vinda da região Norte do Brasil, é uma das pimentas com maior teor de ardência do país.

Calabresa: costuma ser usada para dar sabor mais picante a embutidos como linguiças e salames. É obtida a partir da pimenta vermelha desidratada.

Pimenta-de-cheiro: seu grau de ardência varia de leve a muito picante, e tem aroma intenso. Muito usada na culinária das regiões norte e nordeste, é encontrada em vários tipos. Serve para marinadas, caldas e até sobremesas.

Cumari: encontrada apenas no Brasil, é verde, pequena, levemente amarga e muito picante. Indicada para pratos triviais como arroz, farofa, feijão e carne de panela, entre outros.

Os benefícios:

Para melhorar o humor. Os efeitos são resultados da ação da capsaicina e da piperina, que têm comprovada ação vasodilatadora arterial. As propriedades também aumentam a produção da endorfina (o hormônio do prazer e do bem-estar) e de outras substâncias também ligadas à satisfação, como a serotonina e a dopamina. Por isso, também ajuda a combater a depressão.

Para o coração. Promove o controle do colesterol e pode ajudar a manter a pressão arterial em níveis normais. Um estudo realizado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul concluiu que a capsaicina presente na pimenta também ajuda a diminuir os níveis de LDL, o colesterol ruim. Além disso, por conter vitaminas A, C, do complexo B, potássio e cálcio, a pimenta também é benéfica ao sistema circulatório, devido sua ação vasodilatadora. O resultado é a redução do risco de problemas como hipertensão, infarto, acidente vascular cerebral e outras doenças cardiovasculares.

Para inflamações. A capsaicina apresenta propriedades anti-inflamatórias (por isso pode ajudar a restringir doenças como a artrite). A recomendação é o consumo de até 30 mg/dia de capsaicina para que se obtenha algum efeito terapêutico. Isso equivale a seis unidades da pimenta dedo-de-moça ou ½ pimenta malagueta.

Para prevenir doenças. Por ser rica em antioxidantes como carotenoides, flavonoides e vitamina C, o consumo de pimenta pode atuar na prevenção de doenças crônicas, como o diabetes e o câncer. Constatou-se que a capsaicina reduz o nível da glicose sanguínea e aumentando o nível de insulina.

Os fitoquímicos presentes na pimenta também são considerados aliados contra o câncer. Um estudo publicado no The Journal of Cancer Research dos Estados Unidos, em 2006, descobriu que a capsaicina induz a morte celular programada em células do câncer de próstata. Outros estudos sugerem que a capsaicina também ajudaria a reduzir o crescimento de tumores nas mamas e ovários.

Para a digestão. A ingestão de pimentas aumenta a salivação, auxiliando na mastigação e protegendo a saúde bucal; estimula a secreção gástrica, aumentando a produção de enzimas e sucos gástricos, o que contribui para a digestão e protege a mucosa e a motilidade gastrointestinal, promovendo a sensação de bem-estar após a ingestão.

Para rejuvenescer. Os antioxidantes presentes na pimenta como vitaminas A, C e E, além de flavonoides, ajudam a retardar o envelhecimento.

Para a beleza. A capsaicina e isoflavona são conhecidas por contribuir para o crescimento saudável do cabelo, uma vez que acelera a circulação sanguínea. Também é boa para os dentes, pois neutraliza os ácidos da saliva, protegendo dentes e gengivas.

Para emagrecer. A pimenta proporciona o famoso efeito termogênico (aumento da temperatura corporal), que pode acelerar o metabolismo em até 20%. O seu uso durante as refeições estimula o sistema nervoso, aumentando a liberação decatecolaminasnoradrenalina e adrenalina, com consequente diminuição do apetite e da ingestão calórica. Além disso, previne o acúmulo de gordura na região abdominal. Seguindo essa lógica, aproximadamente 6 gramas de pimenta queimam cerca de 45 calorias! Que beleza! 




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